O observador permanente do Estado da Palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour, fez um apelo neste domingo (8) para que a comunidade internacional não cancele a ofensiva militar de Israel em resposta aos ataques do grupo extremista islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O diplomata defendeu que a paz e a segurança só serão alcançadas na região se o direito à autodeterminação for respeitado, condenando a ocupação por Israel de territórios palestinos.
"Nosso povo enfrenta um ano mortal após o outro. Nós alertamos o Conselho de Segurança [das Nações Unidas] mês após mês para as consequências da impunidade de Israel", disse o diplomata pouco antes de uma reunião de emergência do órgão, na tarde deste domingo (8).
A expectativa de Israel era que o órgão condenasse os ataques do Hamas como crimes de guerra e manifestasse apoio ao direito do país, que declarou guerra neste sábado, de se defender.
"Você não pode dizer que nada justifica matar israelenses, e depois fornecer uma justificativa para matar palestinos. Nós não somos subhumanos. Nunca aceitaremos uma retórica que negue nossa humanidade e nossos direitos. Uma retórica que ignora a ocupação da nossa terra e a opressão do novo povo", afirmou Mansour.
O representante alertou que um endosso do Conselho de Segurança ao direita de defesa israelense seria interpretado pelo país como uma "licença para matar" palestinos.
"Não é a hora de deixar Israel apostar mais em suas escolhas terríveis. É hora de dizer a ele que precisa mudar de trajetória. Há um caminho para a paz, em que nem palestinos e israelenses são mortos, e ele é diametralmente oposto ao que Israel embarcou", disse.
Ele condenou o bloqueio feito pelo país a Gaza –os ataques disparados pelo Hamas a partir da região mostrariam justamente que a imposição é ineficaz em garantir segurança, servindo apenas para infligir sofrimento à população.
Mansour criticou ainda o que descreve como um abandono dos palestinos pela comunidade internacional.
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